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Festival das Artes em Macau


O Festival de Artes de Macau (FAM) celebra nesta edição 25 anos de existência. Para o jubileu de Prata estão anunciados 31 programas, em 16 locais, e programas de extensão de mais de 200 eventos que se propõem alargar a vida cultural do território, entre os dias 2 de Maio e 8 de Junho, com muita dança, teatro, cinema, espectáculos multimédia e exposições, entre outras manifestações artísticas.
Como anunciou ontem o Presidente do Instituto Cultural, Ung Vai Meng, o Festival, que sempre teve como objectivo “estabelecer uma plataforma para os artistas locais exibirem a sua criatividade”, foi evoluindo e estabelece hoje como grandes metas a “promoção do desenvolvimento artístico local, a disseminação de criações mundiais proeminentes e ainda a promoção da cultura chinesa”.



Na edição deste ano, dos 31 programas metade são produções locais, que se juntam a espectáculos variados vindos do interior da China, Hong Kong, Portugal, Reino Unido, França, Estados Unidos, Canadá, Argentina, Japão e Singapura.
O arranque do FAM, 2014, vai ter lugar no dia 2 de Maio, pelas 19h30, num concerto que junta na Praça do Tap Seac várias elites musicais locais para interpretarem temas Beethoven, Shostakovich, Fauré e Tchaikovsky, sob a batuta do maestro Francis Kan.
Da vasta programação, vale a pena destacar a presença de Carminho, que actua no Grande Auditório do Centro Cultural de Macau, no dia 4 de Maio, pelas 20h. Considerada uma das mais talentosas e inovadoras vozes da sua geração, Carminho viu o seu álbum de estreia, “Fado”, ser nomeado um dos melhores dez álbuns de 2011 pela revista inglesa, Songlines. Em 2012 a jovem fadista gravou com Milton Nascimento, Chico Buarque e Nana Caymmi, tendo um ano depois recebido o Globo de Ouro português para a Melhor Artista a solo e ainda o prémio Carlos Paredes.
Outro dos destaques do FAM vai para a apresentação da peça de teatro “Os venezianos querem ter uma casa”, a mais recente produção do Grupo de Teatro Experimental Pequena Cidade, uma adaptação de Clyboune Park, obra recente do dramaturgo americano Bruce Norris, distinguida com o Prémio de Teatro Pulitzer 2011 e com o Prémio Tony para melhor peça, o espectáculo explora o impacto do desenfreado desenvolvimento urbano. “Os venezianos querem ter uma casa” será apresentado no Teatro D. Pedro V, nos dias 3 e 4 de Maio, pelas 20h.
A dança tem no espectáculo “Dance”, resultante da colaboração da célebre coreógrafa, Lucinda Childs com o compositor Philip Glass e o artista visual Sol LeWitt, um dos seus pontos mais altos. “Dance” sobe o palco do Grande Auditório do Centro Cultural, no dia 18 de Maio pelas 20h. 



Entre as muitas produções locais vale a pena destacar os Dóci Papiaçám que apresentam “Vivo na Únde?” (Casa de Sonho), no CCM, nos dias 10 e 11 de Maio. O tema da peça gira à volta dos problemas da compra de casa. “Como se pode ser um talento se não se consegue comprar uma casa para morar?, pode ler-se na nota descritiva do programa da peça.
O Jubileu de Prata do FAM decorre este ano subordinado ao tema “Impulso”, nas palavras de Ung Vai Meng, “uma metáfora do poder impulsionador das artes, as quais alimentam as emoções e estimulam a criatividade”.
O Programa de extensão oferece ainda ao público de Macau inúmeras actividades como palestras, conversas pós-espectáculos, workshops, actividades para crianças ou ainda actividades para deficientes.
O FAM encerra com um espectáculo de “mapping” arquitectural às Ruínas de S. Paulo, “Um Sonho de Luz”, entre 31 de Maio e 8 de Junho, uma criação da Macau Audiovisual Alpha.
Com organização do Instituo Cultural de Macau, o Festival conta este ano um orçamento de 27 milhões de patacas. Os bilhetes estão disponíveis a partir de dia 16 deste mês.


Fonte: http://hojemacau.com.mo/?p=67783
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