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Ano de Portugal na China em 2019


A realização do Ano de Portugal na China será uma das maiores iniciativas da diplomacia cultural de Lisboa no próximo ano. O Ano da China em Portugal vai decorrer em simultâneo. Marcarão 40 anos de relações diplomáticas entre os dois países e 20 anos desde a entrega de Macau.

Está marcada para 2019 a realização dos Anos Culturais China-Portugal, ano em que assinalam 40 anos sobre o retomar oficial das relações diplomáticas entre os dois países e 20 anos sobre a transferência de administração de Macau.

O Ano de Portugal na China faz parte de uma das principais iniciativas da Ação Cultural Externa (ACE) portuguesa – o programa de diplomacia cultural do país iniciado em 2017 em cuja organização se articulam o Ministério da Cultura e o Ministério dos Negócios Estrangeiros do país. 

“Nós temos uma grande ambição em relação à China, e a China é extremamente recetiva, com muita vontade de desenvolver a relação”, disse ao PLATAFORMA o ministro português, indicando também a existência de diretrizes específicas da parte dos parceiros chineses para que a programação inclua iniciativas de intercâmbio na área do património. Em particular, ligadas à memória das relações históricas entre Portugal e China e também das antigas rotas da seda.

“A seda que vem da China é trabalhada aqui, e há o papel da cerâmica da China na nossa história. Temos coleções de cerâmica chinesa de grande qualidade”, lembrou Castro Mendes.

Para além disso, o governante avançou planos para iniciativas na área da dança e do cinema. “Fizemos já uma mostra no ano passado de cinema português em duas cidades da China que teve muito sucesso”, recordou.

“Quer na área patrimonial, quer na área da criatividade e das artes performativas e criativas – também na pintura e certamente na música -, haverá muitas ocasiões de trabalho conjunto com a China”, disse.

O ministro português recordou também a intenção, anunciada em 2014, de Portugal estabelecer um centro cultural do país em Pequim, cuja abertura se esperava inicialmente que ocorresse em 2016. Castro Mendes indicou que a expectativa é que o projeto esteja já encaminhado aquando da realização do Ano de Portugal na China, no próximo ano, mas que será ainda necessário recolher financiamento.

Incluída no programa de 2018 está a exposição, que terá lugar em Macau, sobre as “Chapas Sínicas”, conjunto que documenta a correspondência entre as autoridades portuguesas em Macau e o império chinês no período entre 1693 e 1886, inscrito no ano passado no Registo da Memória do Mundo da UNESCO através de uma candidatura conjunta de Portugal e Macau. Os documentos encontram-se no Arquivo da Torre do Tombo em Lisboa, que organiza a exposição conjuntamente com o Arquivo de Macau. Decorre este ano em Macau, e em 2019 em Portugal.


Fonte:
Plataformamacau.com (2018). Ano de Portugal na China em 2019 [online] Disponível em:http://www.plataformamacau.com/portugal/ano-de-portugal-na-china-em-2019  [Consultado a 06 de Julho de 2018]
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