Estará patente, no Museu do
Oriente, entre 12 de Junho a 22 de Julho de 2014, a pintura moderna chinesa da artista Amanda Tseng.
“Na criação artística, eu e a
natureza somos uma só; dou rédea solta à água e à tinta. E o que pretendo é
expressar a beleza da tinta na água no seu bailado a dois. Há quem tenha
afirmado até com bastante precisão: A água combina com a tinta, à semelhança da
harmonia entre o ying e o yang, num equilíbrio perfeito entre o visível e o
invisível, magnificamente expresso no shuen, o papel chinês. E, como forma de
aperfeiçoar ainda mais o conceito chinês “Qi”, há todo um movimento da água que
empurra a tinta, permitindo que a tinta leve a água consigo; na inversa,
transporta-a no universo que é o papel, criando uma paisagem que só existe na
minha mente.
Amanda Tseng, artista sino-americana, não é uma pintora convencional. Viveu 20
anos nos Estados Unidos totalmente imersa no estilo de vida ocidental. Ali
desenvolveu o seu pensamento crítico e a sua energia criativa e foi também ali
que adquiriu uma nova perspectiva de vida. Regressada a Taiwan em 2006, Amanda
dedicou-se à aguada de tinta-da-china, uma técnica tradicional chinesa,
procurando inspiração na natureza e no poder do Qi (a força da vida). Ao
contrário dos pintores tradicionais que utilizam esta técnica, Amanda não se
limita aos pincéis. Prefere usar o movimento, o fluxo e a tensão da água com
vista a transformar a tinta na arte inigualável da paisagem sobre o shuen,
papel chinês feito à mão. Este estilo singular de pintura que aplica a técnica
do “molhado sobre molhado” é inédito em qualquer forma artística ocidental ou
oriental. Pelas mãos de Amanda Tseng, a tradicional pintura chinesa em aguada
de tinta-da-china foi projetada a um elevadíssimo patamar.”
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